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Nesta secção vamos publicar muitas informações e conselhos úteis relacionadas com a prática do BTT, tanto na vertente do treino como na do equipamento.


No mundo das duas rodas, a bicicleta todo o terreno (BTT) representa um dos desportos radicais mais vibrantes e apaixonantes para todos os seus praticantes. Contudo, para praticar o BTT com a máxima segurança, é necessário ter uma boa bike. 
Saiba como escolher uma bicicleta para praticar BTT.

A escolha de uma bicicleta para a prática do BTT não é uma tarefa de fácil realização e a sua compra é um investimento avultado. Dessa forma, para não errar no momento da compra, saiba como adquirir a bicicleta mais adequada para a prática do BTT.

Deve ter em atenção os aspetos seguintes:

A MODALIDADE

No BTT existem 4 modalidades principais: Cross Country (CC), Down Hill (DH), Free Ride (FR) e Dual (DL). Em cada modalidade as bicicletas têm características muito próprias e permitem desempenhos diferentes. Uma bicicleta de CC caracteriza-se pela sua leveza e tem a suspensão na roda da frente para aguentar os impactos frontais que possam surgir nas respetivas provas. As bicicletas de DH têm suspensões muito desenvolvidas em ambas as rodas, assim como mudanças apropriadas para as grandes descidas a altas velocidades. Já as bicicletas de FR são uma mistura de CC e DH. São bicicletas com suspensão nas duas rodas e foram construídas para que os seus praticantes possam apreciar a adrenalina que as grandes descidas provocam, mas também permitem fazer subidas sem grandes dificuldades. Quanto às bicicletas de DL, estas são as mais recentes do mercado e são caracterizadas pela sua robustez e fiabilidade. As provas de DL são realizadas com a largada ao mesmo tempo de dois ciclistas e as bicicletas são utilizadas em circuitos específicos, de preferência curtos, acidentais e com muitos saltos. Dessa forma, a escolha e a compra de uma bicicleta está intimamente ligada à modalidade que o praticante queira realizar.


O QUADRO

Quando se fala em quadros para uma bike há que ter em conta o material com que é feito esse mesmo quadro. Cada um tem as suas vantagens e desvantagens de utilização. Dos quadros de uma bike BTT, destacam-se aqueles que são feitos de acordo com os materiais seguintes:

Os quadros em aço: São os mais acessíveis em termos de custos e oferecem uma elasticidade singular a todos os ciclistas. As vantagens associadas a este tipo de material (Aço Cromo-Molibdénio) são essencialmente o conforto proporcionado. Contudo, o peso deste quadro requer que um ciclista tenha uma forte vertente física, caso contrário as suas energias perder-se-ão rapidamente;

Os quadros em alumínio: Não são quadros fisicamente tão resistentes como o aço, mas são mais leves, o que permite um maior manuseamento da bike. Por outro lado, apresentam uma grande rigidez, o que confere ao ciclista uma maior pedalada. Em pisos desiguais, assim como nas provas mais longas, esta rigidez pode tornar-se muito desagradável durante todo o trajeto, pois conduz a um maior desgaste por parte dos atletas. As ligas habitualmente mais utilizadas são as da série 7000 e as da série 6000;

Os quadros em fibra de carbono: Este é um material anticorrosivo e é sinónimo de grande qualidade, pois a fibra de carbono é de grande leveza e resistência. Porém, a fibra de carbono é muito frágil em caso de queda e o seu custo comercial não é acessível para todas as carteiras;

Os quadros em titânio: Os quadros em titânio superam todos os outros, graças à leveza, resistência e capacidade de absorção de vibrações dos seus materiais. É o quadro preferido por todos os utilizadores e competidores e encontra-se facilmente nas competições de BTT. A grande desvantagem dos quadros em titânio é o seu preço, que pode revelar-se um investimento muito elevado para muitos atletas.


O TAMANHO

Uma escolha adequada de uma bicicleta deve responder às características físicas de cada pessoa, nomeadamente o seu peso e altura. Existem pessoas maiores que outras e, como tal, é natural que existam bicicletas com diferentes dimensões. A bicicleta deve ser assim adaptada ao seu utilizador para que este consiga usufruir do máximo conforto e segurança em cima da sua bike. Depois, cada ciclista pode otimizar a sua postura na bicicleta, mudando por exemplo a posição do selim, de forma a obter o melhor rendimento.


A SUSPENSÃO

As suspensões devem ser cuidadosamente selecionadas, uma vez que uma boa suspensão aumenta a estabilidade e o conforto do condutor na bicicleta. Uma má suspensão é apenas um peso a mais que o ciclista tem de puxar. Existem bicicletas de montanha rígidas, nomeadamente as que apresentam uma suspensão dianteira e as de suspensão total ou dupla suspensão, que são as bicicletas que têm suspensão traseira e dianteira. A suspensão é assim um critério de extrema importância na escolha de uma bicicleta, na medida em que protege o condutor das vibrações do contacto da roda com o solo durante um determinado percurso sinuoso. É fundamental que o ciclista reveja todos os anos o estado da suspensão da sua bike, de forma a verificar que a mesma não perdeu a sua eficácia.


OS TRAVÕES

O sistema de travagem é um dos aspetos fundamentais para qualquer tipo de veículo, seja ele um automóvel ou uma moto e uma bike BTT não é exceção. Numa bicicleta existem travões de vários tipos: cantilver, V-brake, hidráulicos ou de disco. Atualmente, a maioria das BTT´s dispõe de travões em V, de disco mecânicos ou hidráulicos e estes são, sem dúvida, os mais eficazes para uma utilização off-road.

Os travões em V são extremamente eficientes quando são utilizados com tempo seco, são os mais acessíveis do mercado e não exigem grandes cuidados ao nível da manutenção.

Os travões de disco mecânicos oferecem uma travagem precisa quando se encontram bem afinados. À medida que a temperatura da roda aumenta, os travões vão perdendo a sua eficácia, no entanto, o ciclista pode contornar esta situação ao utilizar rotores (discos) maiores. Um ciclista deve ter em atenção que ao utilizar este tipo de travões, os calços não devem entrar em contacto com óleos ou substâncias gordurosas, caso contrário ficam destruídos e sem capacidade de atrito e travagem. A nível de custos, são mais caros que os travões em V, mas não requerem grandes cuidados na manutenção, sendo necessária apenas uma chave para ligeiras correções.

Por último, os travões de disco hidráulicos são bastante eficazes em qualquer piso e sob qualquer tipo de clima e quase que dispensam afinação. O sistema hidráulico exige pouca força ao premir o travão, caso contrário o condutor arrisca-se a sair disparado da bicicleta. Dos travões hidráulicos, as preferências dos betetistas vão para as marcas Avis, Formula Oro e Shimano. Todavia, os travões de discos hidráulicos apresentam um maior desgaste de materiais e a sua manutenção é cara e demorada. Em comparação com outros travões, os hidráulicos são os mais caros, mas são aqueles que obedecem imediatamente aos comandos do ciclista.

Ao escolher uma bicicleta, o ciclista deve conhecer os melhores travões para a prática do BTT. Depois, o que os diferencia, é uma questão de gosto pessoal e do dinheiro que o ciclista está disposto a investir para os ter.


O CUSTO

Atualmente, existem no mercado bicicletas de BTT cujo custo varia entre os 250 euros/577 reais e os 6.000 euros/13.840 reais. Uma boa bicicleta para a prática do BTT é aquela que é leve, resistente e que garante a máxima fiabilidade para todos os ciclistas. Usualmente é cara graças às suas componentes, como o quadro, suspensão e travões e os custos variam de acordo com a modalidade que o ciclista queira praticar. O ideal para todos os iniciantes seria começar por uma bicicleta simples e, ao longo do tempo e consoante a prática da modalidade, modificar alguns dos seus componentes principais.




Aqui fica alguma informação técnica sobre a bike.

Quadro=Frame
Tubo Horizontal=Toptube
Testa=Headtube
Tubo Diagonal=DownTube
Escora Superior=Seatstay
Escora Inferior=Chainstay
Apoios das Bichas=Housing Stops
Apoio dos travões=Brake Bosses
Ponteira=Dropout





Suspensão=Suspension Fork
Coluna de Direcção:Steering Tube, Steerer
Coroa=Crown
Pernas=Fork Legs
Bainhas=Lower Legs
Arco=Arch
Bloqueio Remoto=Remote Lockout
Suportes para V-brake=V-brake Posts
Suporte para Disco=Disc Brake Tab





Roda=Wheel
Aro=Rim
Raio=Spoke
Cabeça do raio=Nipple
Cubo=Hub
Cubo Dianteiro=Front Hub
Cubo Traseiro=Rear Hub
Aperto Rápido=Quick Release
Pneu=Tyre
Camara de Ar=Inner Tube
Fitado Aro=Rim Tape
Eixo=Axle
Cepo=Freehub Body
Superficie de Travagem=Braking Surface(Rim Sidewall)




Selim=Saddle
Carris=Rails
Espigão de Selim=Seatpost
Abraçadeira do Espigão=Saddle Clamp
Recuo=Offset
Aperto de Espigão=Seatpost Clamp
Espigão de Selim com amortecedor=Suspension Seatposts







Pedais=Pedals
Pedais de Plataforma=Platform Pedals
Encaixes=Cleats





















Neste pequeno vídeo mostra-se a forma correcta de colocar a roda traseira na bike. Trata-se de uma operação simples mas que requer algum cuidado para não causar danos nosistema de transmissão e no desviador.

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